quinta-feira, maio 13, 2010

Portugal registou o maior crescimento económico da Europa no primeiro trimestre de 2010

«Portugal foi o primeiro país a sair da condição de recessão técnica e o que melhor resistiu à crise», acrescentou José Sócrates. O crescimento médio da UE foi de 0,3%, e o da zona euro foi de 0,5%, em comparação com o primeiro trimestre de 2009. A acrescentar a estes dados, o Eurostat informou que a produção industrial subiu de Fevereiro para Março, 1,3% na zona euro, e 7,2% em Portugal, a segunda maior subida na Europa.

O PM visitou a nova fábrica da Portucel Soporcel, em Setúbal, tendo salientado que «os heróis da recuperação [económica] são fundamentalmente as empresas do sector exportador e foi por isto que viemos a esta fábrica», que é uma das maiores do mundo na produção de papel fino, com alto valor no mercado internacional. A Portucel Soporcel é «um grupo que orgulha Portugal pela dimensão que tem e pelo prestígio internacional que tem, e que é líder a nível europeu».

São marcas como esta «que contribuem para o reforço da economia portuguesa». O grupo representou 3% das exportações portuguesas em 2009 e poderá chegar aos 4% quando a nova fabrica estiver a funcionar ao pleno - desde a sua entrada em funcionamento, em Novembro de 2009, as vendas cresceram 11%. A Portucel Soporcel tem 2200 empregados, três fábricas em Portugal, e é maior produtor europeu de pasta e um dos maiores fabricantes mundiais de papel fino.

Os dados do comércio externo, divulgados a 7 de Maio, mostraram que as exportações aumentaram 14,6% no primeiro trimestre, face ao mesmo período de 2009.

O Ministro de Estado e das Finanças afirmou que os números do INE «revelam uma boa capacidade de recuperação da economia portuguesa, tendo em conta que é o sector exportador que dá um contributo positivo neste crescimento». Fernando Teixeira dos Santos recordou que a previsão do Governo para o crescimento do Produto Interno Bruto em 2010 é de 0,7%, mostrando os dados agora conhecidos que é «acertada e realista».

O Ministro referiu que Portugal se encontra a braços com dois desafios diferentes: por um lado, relançar a actividade económica e recuperar o crescimento, e, por outro consolidar o orçamento num défice inferior a 3% do PIB, sendo ambos essenciais para «gerar condições de reforço da confiança dos mercados internacionais na economia portuguesa».

«Para isto é importante não só que a economia dê sinais positivos, mas é também importante que a nossa política orçamental consiga dar sinais de empenhamento e de esforço de consolidação orçamental, que é mais exigente, atendendo às condições do mercado».

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