quinta-feira, janeiro 29, 2009

AS MUDANÇAS INTRODUZIDAS NAS ESCOLAS DO PRIMEIRO CICLO DO ENSINO BÁSICO

Horário de funcionamento até às 17.30 horas, refeições e transporte escolar para todas as crianças, encerramento de milhares de escolas isoladas e construção de novos centros escolares, ensino do inglês, da educação física e da música, estudo acompanhado, formação contínua de professores em matemática, português e ensino experimental, colocação plurianual de professores.

O pretexto de todas estas mudanças foi a concretização da promessa eleitoral de introduzir o ensino de inglês no primeiro ciclo.

Em 2005, Portugal era um dos poucos países da União Europeia em que o ensino das línguas estrangeiras não era iniciado nos primeiros anos de escolaridade.

A generalização do ensino do inglês no primeiro ciclo, inicialmente para os alunos do 3.º e 4.º anos de escolaridade, mais tarde para todos os alunos do primeiro ciclo, acabou por se transformar no motor de todas as outras mudanças, por se constituir como revelador da necessidade e da urgência de as promover.

Havia um claro défice de investimento na rede de escolas públicas do primeiro ciclo que se tornou visível quando se pretendeu introduzir o ensino do inglês.

A sua fragmentação (milhares de escolas isoladas com um número muito reduzido de alunos), o seu funcionamento (com horário a meio tempo ou em regime duplo), a distância organizacional e pedagógica por ausência de articulação com as escolas dos ciclos de ensino subsequentes, o estado de degradação e obsolescência dos edifícios escolares (a grande maioria ainda as antigas escolas primárias do Estado Novo), a inadequação dos equipamentos e recursos educativos (sem bibliotecas) revelavam que as nossas escolas do primeiro ciclo tinham ficado para trás, de tal forma que parecia agora impossível introduzir o ensino do inglês.

O enorme esforço realizado no nosso País, durante mais de 20 anos para tornar possível o alargamento da escolaridade obrigatória para nove anos e a universalização do pré-escolar foi muito exigente na construção de edifícios e exigiu a elaboração de novos programas e instrumentos de ensino, a construção de bibliotecas e de pavilhões desportivos, bem como a formação de professores.

Neste esforço ficaram para trás as antigas escolas primárias, não tendo havido provavelmente o tempo e os recursos para lhes dar a atenção e a prioridade necessárias.

A introdução do ensino do inglês surge então como uma oportunidade.

Em primeiro lugar, porque as famílias desejavam a medida.

Em segundo lugar, porque em muitas localidades as autarquias, com quem o Ministério da Educação há muito partilha a responsabilidade da tutela das escolas do primeiro ciclo, aspiravam a uma intervenção mais qualificada nas matérias de educação.

Ao contrário do que se poderia esperar, o ensino do inglês foi introduzido em todas as escolas do primeiro ciclo, ao mesmo tempo que se determinou o alargamento do horário de funcionamento dessas escolas até às 17.30 horas, logo no ano lectivo de 2005/06, depois de meses de trabalho intenso com todos os presidentes de câmara, vereadores de educação, presidentes dos conselhos executivos e a associação dos professores de inglês.

Esse foi apenas o rastilho da mudança, posteriormente alargada a vários domínios.

Desde logo, o encerramento das escolas isoladas de reduzida dimensão e a colocação dos seus alunos em escolas de maior porte e, portanto, mais qualificadas pedagógica e socialmente.

Há mais de 20 anos que se tinha determinado o encerramento de todas aquelas com menos de 10 alunos.

Porém, nunca tinha sido encontrada a metodologia acertada para o fazer.

Foi necessário aproveitar a dinâmica de trabalho com as autarquias, intensificada com a introdução do ensino do inglês, para encontrar soluções, ainda que provisórias, de encaminhamento das crianças.

Mais importante, para encontrar com as autarquias as soluções para um futuro diferente, para uma ambição diferente em matéria de centros escolares.

Em resultado desse trabalho conjunto de colaboração e articulação entre os serviços regionais e centrais do Ministério da Educação e as autarquias, baseado na confiança institucional, encerrámos mais de 2500 escolas e temos hoje mais de 400 novos centros escolares em construção ou em vias de construção.

Preencher a escola a tempo inteiro com actividades de enriquecimento curricular como a música, a educação física e o estudo acompanhado, bem como com as refeições e o transporte escolar, foi apenas uma consequência inevitável, orientando o funcionamento da escola para a prestação de um serviço de educação mais adequado às exigências do mundo actual e das necessidades das crianças e das famílias, nomeadamente as exigências de compatibilização entre o trabalho e a vida familiar.

A atenção prestada às escolas do primeiro ciclo exigia melhorar a qualidade do ensino, sobretudo em matérias como a matemática e a língua portuguesa, cujas provas de aferição vinham revelando enormes défices de aprendizagem.

A colocação plurianual de professores para garantir a continuidade pedagógica, a universalização das provas de aferição, os programas de formação contínua de professores com a exigência de formação em sala de aula, bem como as orientações programáticas para a organização das actividades lectivas semanais, incluindo o tempo diário para a leitura, concretizaram esta prioridade.

Este foi um conjunto muito vasto de medidas, pensadas, programadas e concretizadas de forma coerente, introduzidas num curto espaço de tempo, com resultados positivos já evidentes, revelando uma enorme ambição – assim o diz o relatório de avaliação.

Gostava de acrescentar apenas uma palavra: confiança.

As reformas que fizemos revelam a nossa ambição, mas também a nossa confiança.

Uma enorme confiança nas instituições do País, na capacidade e nas competências dos professores e das suas associações profissionais, das escolas e dos seus dirigentes, das autarquias e autarcas, e dos pais.

Confiança na capacidade de mobilização das vontades transformadoras para prestar um melhor serviço público de educação, para melhor servir os portugueses e para construir um futuro melhor.

Não posso esconder que esta avaliação enche de orgulho e de alegria todos aqueles que participaram, ou tornaram possível, este programa de reforma.

A equipa do Ministério da Educação, que tenho a honra de dirigir, contou com o trabalho essencial dos membros do gabinete, dos dirigentes e técnicos das direcções regionais de Educação e dos serviços centrais, mas também, e principalmente, com o empenho dos professores, das associações de professores e dos peritos das escolas superiores de educação, que coordenaram tecnicamente algumas das iniciativas, colocando ao serviço do País o melhor das suas competências.

Estou certa que a avaliação aqui apresentada enche de orgulho também os autarcas que vêem valorizado e reconhecido o seu esforço e empenho na política educativa.

Eles foram aliados imprescindíveis, tal como as associações de pais e a CONFAP, cujo acompanhamento e permanente presença ajudou a manter elevados os níveis de exigência.

O conjunto de transformações introduzidas nas escolas do primeiro ciclo do ensino básico, desde 2005, visava dois objectivos: em primeiro lugar, promover uma efectiva integração do primeiro ciclo na estrutura da escolaridade básica obrigatória de nove anos, reduzindo a distância física, organizacional e de qualidade dos recursos escolares, reforçando a articulação com os restantes ciclos de ensino e melhorando os resultados escolares dos alunos; em segundo lugar, organizar o sistema e os recursos educativos do ponto de vista do interesse público geral e, especificamente, dos alunos e das famílias, destinatários últimos do serviço público de educação.

Apesar de serem já evidentes os resultados alcançados nestas duas dimensões, é necessário manter estes mesmos objectivos na agenda política da educação.

Os resultados já conseguidos permitem-nos olhar com mais confiança para o futuro, mas não nos dispensam de continuar a actualizar a nossa ambição nestas duas vertentes: melhorar, sempre, a qualidade do ensino e das aprendizagens, garantindo, efectivamente, uma escolaridade básica a todos os jovens; e transformar as escolas no local central de prestação do serviço público de educação, orientando o seu funcionamento e organização em função deste objectivo.

O conjunto das recomendações apresentadas no relatório constituem um novo ponto de partida, são já os termos de uma nova agenda, ainda no quadro dos objectivos iniciais.

Constituem, portanto uma oportunidade para actualizarmos a nossa ambição e também a nossa confiança.

Os resultados desse trabalho constituirão, estou disso certa, o objecto de um novo encontro como este, pois só poderemos assegurar a qualidade desse trabalho sujeitando-o, de novo, a uma avaliação externa exigente.

A avaliação é um elemento essencial das políticas de mudança, permitindo o conhecimento dos seus resultados e das necessidades do seu ajustamento.

domingo, janeiro 25, 2009

Intervenção José Sócrates A.R.- Saúde

1. Celebrar e fortalecer o Serviço Nacional de Saúde

Senhor Presidente, senhoras e senhores Deputados:

Em 2009 comemora-se o trigésimo aniversário da criação do Serviço Nacional de Saúde. Quero dedicar este debate quinzenal ao anúncio de novas iniciativas para a qualificação do nosso Serviço Nacional de Saúde.

Em primeiro lugar, é uma homenagem: o Serviço Nacional de Saúde foi lançado pelo Governo Constitucional presidido pelo Dr. Mário Soares, sendo justo salientar a personalidade que protagonizou essa iniciativa, o Dr. António Arnaut.

Em segundo lugar, é um compromisso: o Serviço Nacional de Saúde é um dos pilares essenciais do Estado social. Melhorá-lo é agir em favor do bem-estar das pessoas, reduzindo as desigualdades.

A atitude face ao SNS define, aliás, uma linha de demarcação clara entre o Governo e as Oposições. Desde o primeiro dia do seu mandato, o Governo tem-se empenhado na reforma da saúde, atribuindo-lhe o orçamento necessário, organizando melhor os serviços, desenvolvendo novos cuidados de saúde. As Oposições têm combatido as reformas: à direita, porque no fundo são contra a universalidade e tendencial gratuitidade do SNS; à esquerda, porque são contra tudo o que signifique mudança e racionalização; à direita e à esquerda, porque não têm hesitado em tentar aproveitar qualquer protesto de circunstância, na tentativa de recolherem alguma vantagem partidária.

2. A acção e os resultados

Bem diferente é a atitude do Governo. A sua primeira decisão foi pôr fim à escandalosa suborçamentação do Serviço Nacional de Saúde. Desde então, ele tem tido os recursos financeiros necessários e tem cumprido escrupulosamente o orçamento.

Assim, posso hoje garantir ao Parlamento que todas as dívidas vencidas e validadas dos hospitais EPE aos seus fornecedores já estão pagas. É a resolução de um problema que se arrastava há muitos anos e uma poderosa injecção de liquidez, na ordem dos novecentos milhões de euros, num sector muito importante da economia.

Gerir bem o Serviço Nacional de Saúde significa, também, orientá-lo mais para as necessidades das populações e reformá-lo, de modo a garantir melhor capacidade de resposta. Por isso, lançámos a reforma dos cuidados primários, com a organização das unidades de saúde familiar. Lançámos também, a partir do zero, a rede de cuidados continuados para idosos e pessoas em situação de dependência. Tomámos medidas na área do medicamento, de que decorreu o alargamento dos pontos de venda e dos horários de atendimento, o aumento da quota de genéricos e a baixa de preços. Lançámos concursos e obras para novos hospitais públicos. Respondemos às carências de segmentos da população mais vulneráveis à doença ou em maior dificuldade social.

Os indicadores mostram a melhoria do Serviço Nacional de Saúde. Fazem-se hoje mais consultas e mais cirurgias. Baixou o número de inscritos em listas de espera e reduziu-se a mediana do tempo de espera. Realizaram-se com sucesso programas específicos para situações mais críticas, de que foi exemplo a área da oftalmologia.

3. Desenvolver a Rede de Cuidados Continuados

Senhor Presidente, senhoras e senhores Deputados:

Todos temos consciência dos efeitos da grave crise económica mundial. Em tempo de crise, o investimento público é mais do que nunca necessário, e por maioria de razão o investimento público que se dirige para áreas sociais prioritárias e dinamiza o investimento privado.

Por isso mesmo, quero comunicar ao Parlamento três decisões que me parecem muito importantes, para o desenvolvimento do Serviço Nacional de Saúde e o reforço dos cuidados que ele presta à população que mais precisa.

Em primeiro lugar, na área dos cuidados continuados para idosos e pessoas em situação de dependência. O Governo decidiu antecipar para 2009 o objectivo que tinha para 2010 de modo a atingir já este ano as 8200 camas na rede de cuidados continuados. Para isso faremos até ao final do ano um investimento público de 100 milhões de euros.

Este investimento será distribuído em duas fases. A primeira resulta da decisão de aprovar todas as candidaturas tecnicamente válidas que foram apresentadas ao concurso já aberto pelo Governo. Os respectivos contratos serão assinados amanhã mesmo: representam mais 3.138 camas sendo o financiamento público de 65 milhões. Esta decisão significa antecipar, para o início deste ano, a entrada em obra de todos os projectos de investimento.

A segunda fase começará logo de seguida, com a publicação do aviso de abertura de novas candidaturas para um apoio público no valor de mais 35 milhões de euros, o que acrescentará mais 1500 camas à rede de cuidados continuados.

Com esta decisão, teremos vários benefícios. Primeiro, mais idosos e dependentes apoiados, com melhores cuidados de saúde. Segundo, as instituições de solidariedade social e as misericórdias mais apoiadas pelo Estado, na sua acção social. Terceiro, mais investimento e mais emprego, já em 2009 e em vários pontos do País. Quarto, em resultado do reforço da capacidade da rede, mais de 3.000 novos postos de trabalho nas áreas da enfermagem, fisioterapia e apoio social.

4. Reforçar o acesso aos cuidados de saúde

Senhor Presidente, senhoras e senhores Deputados:

Quero ainda dar conta ao Parlamento de duas outras medidas que reputo da maior importância.

A primeira diz respeito à área da medicina geral e familiar, que é vital para a melhoria da prestação dos cuidados primários. O Serviço Nacional de Saúde empregará, este ano, mais 250 novos médicos especialistas em medicina geral e familiar. Também este ano iniciarão a sua formação nesta especialidade 281 novos internos. Quer o número de especialistas, quer o número de internos são os maiores dos últimos 25 anos. Isto significa mais um ganho assinalável na cobertura da população por médicos de família.

O segundo facto é a decisão do Governo de criar o primeiro banco público de células do cordão umbilical. Logo que seja publicada a lei que está em apreciação no Parlamento, o Governo lançará esse primeiro banco público português. Isto significa garantir o acesso gratuito e universal às células criopreservadas por parte daqueles que venham a precisar e significa dotar o País com mais recursos para tratar doenças particularmente graves da primeira infância. Este é o melhor exemplo que podemos dar da ambição que temos para o Serviço Nacional de Saúde: qualidade nos cuidados; universalidade no acesso; disponibilização a todos dos avanços da medicina.

5. O Serviço Nacional de Saúde, pilar do Estado social

Senhor Presidente, senhoras e senhores Deputados:

O Serviço Nacional de Saúde é uma das maiores realizações da democracia portuguesa e um traço característico do nosso Estado social.

Mas a melhor homenagem que podemos fazer aos fundadores é trabalhar para melhorar a qualidade, o desempenho e o serviço prestado às pessoas pelo Serviço Nacional de Saúde. Assegurar os recursos de que necessita, assegurar a boa organização, assegurar a sua gestão, alargar os cuidados que presta, garantir a sua sustentabilidade.

Este é, senhores Deputados, o compromisso do Governo. Se os tempos são difíceis, mais uma razão para investir onde o País precisa. E o País precisa, precisará sempre, de um forte, eficiente e justo Estado social.

domingo, agosto 31, 2008

Boletim Informativo PS Ourém

Editorial

Porque estamos em tempo de férias, seria estranho avançar com este editorial sem antes saudar a nossa população emigrada, que aproveita a altura para uma pausa, junto dos familiares, amigos, mas, sobretudo, na terra que os viu nascer e que, infelizmente, tiveram de deixar, em busca de novas oportunidades, conducentes a um estilo de vida com outra qualidade. Aos homens e mulheres que trabalham nos mais diversos países de acolhimento, mas que têm em comum o facto de serem oureenses, desejo boas férias e uma excelente pausa de repouso, convívio e reencontro familiar.

No entanto, esse descanso seria, certamente, bem mais agradável se neste intervalo pudessem reencontrar a nossa terra próspera, com novos horizontes e, sobretudo, melhor governada pelos agentes da administração local. Todavia, sem querer ser pessimista nem arauto da desgraça, as coisas, por cá, não se passam bem assim.

Enquanto deputado da Nação e deputado municipal considero ter o dever de informar os oureenses sobre situações, que podem ser comprovadas, de A a Z, com toda a transparência.

Começo por vos dizer que estamos perante uma Câmara Municipal que corre de camisola amarela no endividamento, 426 por cento, referente ao ano de 2 007, tendo acumulado mais de cinco milhões de euros de dívida líquida.

Estamos perante um concelho que, deixando fugir um hospital, não soube requerer serviços complementares de saúde, vindo, sucessivamente, a perder médicos, resultando daí o insólito número de 3 300 doentes para cada um dos 15 clínicos, quando o quadro de pessoal prevê a existência de 26. Como será gerida a situação durante este tempo de férias? Curioso é a autarquia dizer que a situação lhe é, totalmente, alheia. Será?

Como uma desgraça nunca vem só, estão bem à vista ou, melhor dizendo, invisíveis, as obras e melhoramentos anunciados, muitos dos quais ainda não passaram do papel, de algumas pomposas inaugurações de primeiras-pedras ou até, imagine-se, de reinaugurações.

Quanto à rede viária, basta circular para constatar... O estado evolutivo das 18 freguesias, deixo à consideração de cada um, embora o discurso oficial diga que a prometida evolução está mesmo aí ao virar da esquina.

Visível, essa sim, é a construção do novo edifício da Câmara Municipal, mal dimensionado, e que nos vai deixar endividados tão-somente 40 anos.

Posto isto, não será de admirar que o presidente da Câmara tenha anunciado a sua retirada estratégica, deixando a chamada batata-quente para um qualquer sucessor.

Se for para a equipa do Partido Socialista, só podemos dizer que aceitamos, dado começarmos a estar habituados a ser os herdeiros naturais das más-gestões do Partido Social-Democrata. Assim é nível nacional, assim será a nível local.

Todavia, meus caros conterrâneos, nem tudo é negativo. Falemos agora dos múltiplos investimentos que têm chegado a Ourém, por mão do Governo, designadamente, em áreas sensíveis como as do apoio social a crianças e idosos, justiça, segurança, protecção civi e rede viária. Esses sim, comprovam-se.

Também no campo da saúde, eu próprio apresentei, em sede de Assembleia da Republica, um requerimento, dirigido à ministra da Tutela, dando conta das dificuldades e propondo soluções.

Como não cultivo vaidades nem protagonismos pessoais, cabe-me, com toda a justiça, deixar uma palavra de apreço para o nosso conterrâneo Paulo Fonseca, governador civil de Santarém que, sem esquecer os outros municípios do distrito, tem-se mostrado interessado e empenhado em trazer todo um conjunto de melhorias para o concelho de Ourém.

Caras e caros amigos, a ALTERNATIVA existe!

Boas férias.

António Gameiro

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Determinação e confiança

A acção do Governo tem, como orientações fundamentais, o impulso reformista, a disciplina orçamental, a aposta na economia, na qualificação e no emprego, e o desenvolvimento das políticas sociais. Estas orientações exigem determinação: a determinação necessária para enfrentar os problemas e concretizar as soluções que modernizem o País, dinamizem o crescimento e melhorem o bem-estar das pessoas.

Esta determinação é ainda mais necessária quando, por efeito da crise internacional, Portugal vive dificuldades. Mas é no tempo das dificuldades que melhor se vê a diferença entre aqueles que só propõem a resignação e a desistência, porque nada têm a apresentar de novo e de positivo, e todos quantos olham de frente e com coragem para o futuro, investindo no progresso e na modernização.

As dificuldades, que Portugal e os restantes países desenvolvidos enfrentam, exigem determinação e não desistência. E este é, não tenho dúvidas, o ponto mais importante.

A perspectiva do Governo é muito clara. Assumimos as dificuldades, originadas pela conjuntura internacional de subida dos preços do petróleo e dos bens alimentares e de alta das taxas de juro. Mas sabemos que, mercê da consolidação orçamental e dos progressos que fizemos nos últimos anos, estamos hoje melhor preparados para enfrentar as dificuldades. E enfrentá-las, significa manter o rigor orçamental, continuar a apostar na dinamização da economia e prosseguir as reformas modernizadoras. Em suma, manter o rumo modernizador para Portugal.

Não se pode, porém, dizer sim ao progresso económico e social, sem dizer não, um rotundo não, à cultura do “bota-abaixo”, da resignação, da desistência, que parece ser a única coisa que algumas forças políticas têm a oferecer ao País. Essa linha destrutiva, que mina a confiança e cultiva o desalento, é além do mais requentada, porque penalizou Portugal entre 2002 e 2005. É uma linha irresponsável, que a única coisa que propõe é parar, desistir ou adiar. É uma linha política que mais parece opor-se ao País do que ao Governo.

José Sócrates

Primeiro-Ministro

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Nós na Câmara

Águas turvas

Perante a informação técnica relativa ao incumprimento do plano de investimentos a que a VEOLIA está obrigada pelo contrato de concessão da exploração e distribuição de água no concelho, os vereadores socialistas já demonstraram a sua preocupação e indignação.

Assim, e uma vez que o incumprimento é visível, acarretanto graves consequências para a população, foi solicitado que a Câmara Municipal proponha medidas a tomar, equacionando a própria rescisão do contrato, caso existam fundamentos técnico-juridicos que sustentem aquilo que é demais evidente, acabando com esta situação de águas turvas e processos pouco claros.

Convem, talvez, lembrar que a subida dos tarifarios, nos primeiros anos, pretendia equilibrar o esforço de investimento extraordinario que a concessionária teria de fazer.

Todavia, de uma forma muito linear, conclui-se que o excedente de receita cobrado aos municipes para esse objectivo, não foi aplicado, pelo que não será difícil perceber que a empresa arrecadou e não gastou.

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Oposição de proximidade

Apesar da publicação oficial do município, paga por todos nós, não o reflectir, os vereadores, eleitos pelo Partido Socialista, têm estado sempre presentes nas diversas iniciativas camarárias, em vários pontos do concelho, respondendo, positivamente, às solicitações, inclusivamente, às que se relacionam com as parcas inaugurações de obras feitas neste mandato. Nessas sim, gostaríamos de ter estado muito mais vezes. Seria um excelente sinal, só que, sem obra, não será de todo suposto haver inauguração, a menos que maioria PSD queira reinaugurar o que já existe – o que não é inédito.

Também junto das freguessias, temos feito questão de afirmar a nossa presença pessoal, crescentemente solicitada, por parte das Juntas, entidades com as quais procuramos manter uma estreita e profícua relação, dado reconhecermos o enorme esforço dos autarcas locais.

Não nos furtamos, também, aos acontecimentos das colectividades e outras instituições, até porque, nestas ocasiões, temos oportunidade de contactar, directamente, com a população, auscultando opiniões, anseios e lamentos.

Tudo isto para dizer que, apesar de sermos oposição, fazêmo-la com proximidade e conhecimento de causa, dado ser nosso entender que a governação não se faz, unicamente, a partir de gabinetes.

O contacto pessoal conta, e muito.

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As estradas que temos

Andamos, seriamente, preocupados com o estado de algumas vias de comunicação do concelho. No topo das preocupações surgem a estrada que liga Fátima a Minde, a avenida dos Bombeiros Voluntários, em Ourém e a própria avenida D. Nuno Álvares Pereira, também no coração da sede do concelho. Muitas mais poderiam entrar para esta lista, mas ficamo-nos, a título de exemplo, só por estas, por serem pontos de referência e de passagem quase que obrigatória.

Alertamos ainda para o facto de haver um maior cuidado com a colocação e alteração de sinaléctica nas vias públicas, tornando-a mais clara a quem circula. Neste campo, não advíria nenhum mal ao Mundo se as passadeiras ou “zebras” fossem repintadas.

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Reconversão começa mal

Sem dar atempado conhecimento ou informações complementares para estudo e reflexão que a situação merece, eis que a maioria PSD da Câmara Municipal apresenta uma proposta sobre a forma de encaminhar o processo de reconversão para o local, presentemente, ocupado pelo terminal de autocarros, na cidade de Ourém.

De acordo com a maioria, a empresa municipal AmbiOurém deverá liderar as diligências e tudo o mais que vier a seguir.

Estranhamos esta sugestão aparecer numa altura em que a administração da empresa está de saída e questionamos se uma situação desta envergadura não devería ser, pelo menos no seu início, conduzida pela própria autarquia.

Tudo isto nos deixa muitas dúvidas, embora reconheçamos, pela positiva que o espaço em apreço deve ser valorizado e que também será de todo louvável que venha a acolher a Loja do Cidadão, aliás, já viabilizada pelo Governo.

40 anos a pagar dívida

A maioria PSD continua a insistir numa parceria público-privada para pagar a construção do novo edifício dos Paços do Concelho.

Há cerca de um ano abriu um concurso para cedência do direito de superfície. Como se antevia, não apareceu ninguém interessado no negócio. Agora, insiste em querer, como a Lei o permite, resolver o assunto de forma directa.

Se a outra situação já não anunciava nada de bom, esta parce-nos não ser muito melhor, até porque atrás dela estamos mesmo a ver uma manobra de diversão para contornar o endividamento municipal, criando desafogo financeiro para o ano eleitoral que se aproxima.

O que não se diz, é que esta medida, a ser posta em prática, vai deixar os oureenses endividados durante os próximos 40 anos.

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Às três é de vez! Será desta?

Face à resolução de declaração de utilidade pública que a maioria PSD fez aprovar para a rua de Castela, os vereadores socialistas vêm, uma vez mais, lembrar o presidente da Câmara do facto de já terem apresentado dois requerimentos sobre esse processo e Plano de Pormenor do Centro de Saúde, em 28 de Janeiro e 31 de Março, sem que, até ao momento, tenham obtido resposta aos esclarecimentos solicitados.

Assim, e mais uma vez, foi pedida informação, com algum detalhe, sobre a matéria, dado que tudo se arrasta há anos, nos tribunais e pela comunicação social.

Muito concretamente, o que se pretende é tão-só saber a data de aprovação do edifício que gera toda a polémica situação; data de aprovação do Plano de Porrmenor daquela área; início da contestação a esse mesmo Plano e quais as diligências que ainda decorrem nos tribunais, seus resultados e o valor já dispendido pelo município.

A vereação socialista recorda que todo este caso é muitíssimo anterior à tomada de posse do actual executivo camarário, pelo que se sente no direito de ter informações concretas sobre o assunto e não simples esclarecimentos orais, produzidos pelo senhor presidente da Câmara.

Como diz o povo, “às três é de vez”, pode ser que seja desta, dizemos nós.

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Governo faz de Ourém capital da segurança

Retomar protagonismo perdido

Ourém tem recuperado protagonismo, pela mão de oureenses que ocupam cargos junto da administração central. Exemplo disso foi, o facto da sede do concelho ter sido palco da apresentação do dispositivo de combate a incêndios florestais distrital.

Os principais agentes da protecção civil de Santarém, homens e mulheres, acompanhados de equipamentos e viaturas estiveram presentes, assim como Rui Pereira, ministro da Administração Interna, José Miguel Medeiros, secretário de Estado da Protecção Civil e do governador civil, o oureense Paulo Fonseca, que começou por manifestar “a sua confiança nos homens e mulheres que arriscam a vida para salvaguardar a dos outros, tornando o sistema cada vez mais eficaz”. No entanto, admite existirem “algumas contrariedades”. “A vertente da prevenção continua bastante fragilizada, sendo necessária uma mudança de mentalidade”. Pelo que, lembra, “todos somos agentes de protecção civil”. Caso não haja essa consciência, lembra, “o dispositivo será insuficiente se cada um não assumir a sua própria responsabilidade”.

Já Rui Pereira, não só elogiou o trabalho efectuado pelo governador civil, como apresentou os números para que Portugal possa viver mais sossegado durante uma época sempre crítica.

Assim, o País pode contar com a disponibilidade de 9 600 pessoas, 2 300 viaturas e 56 meios aéreos. O que, sublinha o governante, “nos deixa mais fortes e preparados como nunca”. “Não iremos regatear esforços”, assegura.

Já em termos distritais, para este ano, os números e meios também foram divulgados. São 600 elementos, em regime de permanência, apoiados por seis meios aéreos (mais um do que em 2007), prontos a actuar a partir dos aeródromos de Fátima, Ferreira do Zêzere, Pernes e Sardoal.

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SIGES em acção

Ferramenta importante para uma rápida intervenção, dá pelo no de SIGES. Trata-se do Sistema de Informação de Gestão de Emergências de Santarém. Trata-se de um programa informático que integra um conjunto de dados de apoio à decisão em múltiplas situações de emergência.

Paulo Fonseca promoveu a apresentação do projecto, num evento que contou com a presença do secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros, tendo ainda servido de palco para a assinatura de um protocolo de cooperação com a Federação Bombeiros do Distrito de Santarém, representada pelo seu presidente, Manuel António.

Na ocasião, o governador civil não deixou de realçar que “temos bons bombeiros, temos bons meios, mas, no segundo em que é necessário tomar decisões muito difíceis, precisamos de estar munidos dos meios suficientes para nos ajudar a tomar essas mesmas decisões”.

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Ligar Interior ao Litoral

IC9 avança

Coube ao secretário de Estado-adjunto, das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Paulo Campos, inaugurar o primeiro lanço do IC9, entre Tomar e Carregueiros, um investimento de 32 milhões de euros, numa extensão de 8,5 quilómetros. Em curso, está já a ligação de Carregueiros-Ourém), seguindo o percurso até à Nazaré.

Esta via vem permitir uma ligação transversal de qualidade entre o interior e o litoral Oeste, devidamente articulada com os diversos eixos longitudinais (IC3, A1, IC2 e A8).

Quanto ao troço Carregueiros-Ourém, na extensão de, praticamente, cinco quilómetros, pode-se dizer que representa um investimento de sete milhões de euros, prevendo-se a sua abertura no quarto trimestre do próximo ano.

Este lanço do IC9, construído pela EP-Estradas de Portugal, SA, será integrado para conservação e exploração na Concessão Litoral Oeste. Este é o primeiro empreendimento construído pela EP-Estradas de Portugal, integrado para conservação e exploração numa concessão.

O restante traçado do IC9, entre Ourém e Nazaré com uma extensão de 53 quilómetros, e um investimento de cerca de 155 milhões de euros, vai ser construído pelo vencedor do concurso público internacional da Concessão Litoral Oeste.

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Litoral Oeste

Quando se fala numa coisa, importa esclarecê-la. Já que nos referimos à Concessão Litoral Oeste, podemos dizer que a sua responbilidade, para além do IC9 entre Nazaré e Tomar, contempla a construção do IC2, do IC36, da variante de Alcobaça e da variante da Nazaré, nos distritos de Leiria e Santarém, sendo a sétima concessão lançada por este Governo, dando seguimento à forte aposta que tem vindo a ser efectuada na criação de uma moderna e eficiente rede de acessibilidades.

A nova concessão, que representa um investimento de 260 milhões de euros, beneficiará, directamente, cerca de 391 mil habitantes de nove concelhos: Alcobaça, Nazaré, Porto de Mós, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Tomar e Torres Novas.

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Ourém precisa de Saúde saudável

Requerimento à ministra

Por se tratar de uma matéria deveras preocupante e sensivel, uma vez que mexe com os naturais interesses e direitos da população do concelho de Ourém, o deputado da Nação António Gameiro, também ele deputado Municipal, apresentou, dia 24 de Junho, em sede de Assembleia da República, um requerimento, dirigido à titular da pasta da Saúde, Ana Jorge, que aqui reproduzimos na integra.

“Considerando que há muito havíamos dito, constatado, materializado e expressado que os serviços de saúde, no concelho de Ourém, não conseguiam cumprir o mínimo expectável e essencial para assegurar os cuidados básicos daquela que é a segunda maior fatia populacional do distrito de Santarém. Mais de 50.000 contribuintes!

Nós, como outros, denunciámos e insistimos.

Todavia, quem detinha, na altura, o Poder Central, não nos ouviu.

Foi pena e é pena que as estatísticas:

1. mostrem há vários anos que para servir mais 50 mil utentes existam, hoje, 15 médicos, o que dá uma proporção de 3 300 doentes por clínico,

2. apesar do quadro de pessoal do Centro de Saúde estar dotado com 26 lugares para médicos;

3. mostrem que existe um equipamento de radiologia a funcionar em horário de função pública;

4. mostrem um Serviço de Atendimento diurno pejado diariamente de utentes sem ter condições para o efeito;

5. mostrem mais de dez mil cidadãos que não possuem médico de família. O que é, para nós, um direito inalienável de todo e qualquer cidadão.

Para agravar este estado de coisas, o panorama da saúde oureense mostra ainda duas extensões de saúde, das freguesias de Olival e Ribeira do Fárrio sem médicos, com a população local, bastante significativa, a ter de se deslocar à sede de freguesias vizinhas ou à sede do concelho, agravando ainda mais o fluxo existente.

Depois, existe o centro de saúde de Fátima, cidade-santuário, que recebe, anualmente, mais de seis milhões de visitantes. Também este, para além de não ter serviços de atendimento de emergência, está de portas fechadas nos feriados e fins-de-semana, alturas em que se verifica a presença de um elevado número de pessoas na Cova da Iria

É, também, por demais demonstrativo, as dificuldades de acesso aos serviços prestados pelos hospitais do Médio-Tejo – Tomar, Torres Novas e Abrantes – cujas valências são, indubitavelmente, discutíveis pela sua atribuição e distribuição e o facto de um cidadão de Ourém ser, muitas vezes, rejeitado no hospital de Santo André, em Leiria, apesar dos acessos e da proximidade geográfica.

Para compor a situação, todos estes hospitais têm instruções claras para não garantirem o regresso do doente a casa, ao abrigo do Serviço Nacional de Saúde.

Logo, se alguém é transportado, em ambulância, pelos bombeiros para uma urgência, fica a saber que tem de pagar, do seu bolso, o regresso à origem, após a obtenção da alta hospitalar. E quem não puder pagar, fica a dever aos bombeiros ou ao abandono, numa maca, em qualquer corredor?

São estas algumas das muitas questões pertinentes, baseadas em casos reais que se colocam e que são o caos para muitos contribuintes que pagam os seus impostos.

É, de facto verdade, só que esta verdade não o é de agora.

Toda e qualquer pessoa empenhada e com o mínimo de honestidade política e intelectual sabe que o caos não foi provocado por esta governação.

Se o caos está criado e instalado, vem do tempo de todos os Governos posteriores a 1985 e em parte da Câmara Municipal de Ourém.

Pois, a população deste Concelho não esquece:

1. Que a Câmara Municipal de Ourém deixou fechar o hospital de Ourém, sem exigir nenhum investimento estrutural na Saúde em Ourém;

2. Que a Câmara Municipal de Ourém, apenas aceitou do ministro Arlindo de Carvalho o bonito, mas ineficaz edifício do Centro de Saúde;

3. Que face a isso, aceitou a construção de três novas unidades hospitalares circundantes – Tomar, Torres Novas e Leiria – pela mão da ministra Leonor Beleza, em que Ourém ficou sem argumentos de exigência;

4. Das nossas propostas, com 15 anos, corroboradas por todos para termos, no mínimo, um hospital de retaguarda ou de cuidados continuados, como lhe queiram chamar, aproveitando as instalações devolutas do hospital Dr. Agostinho de Almeida;

5. De quem estava, esteve e está na Câmara Municipal, com uma confortável maioria e acompanhou todos esses processos e, nada fez.

Nestes termos e nos demais regimental e constitucionalmente aplicáveis e em vigor, o Deputado signatário vem requerer através do Ministério da Saúde, os seguintes esclarecimentos e acções e para que tal possa acontecer, solicitamos à Excelentíssima Senhora ministra da Saúde, pessoa conhecedora e sensível nesta área, o seguinte:

1 – Se é possível a colocação urgente de dois profissionais médicos nas Extensões de Saúde - Unidades de Atendimento do Olival e da Ribeira do Farrio.

2 – Para quando a colocação, o mais célere possível, do número de médicos adequados às reais necessidades da população do Concelho de Ourém, sem esquecer o fluxo da que está emigrada e que acorre ao concelho nos meses de Verão.

3 – Alertar para a necessidade da assinatura de um Protocolo ou Contrato-Programa entre o Ministério da Saúde, a Câmara Municipal de Ourém e a Fundação Dr. Agostinho Albano de Almeida, para que o projecto de um hospital de retaguarda ou de uma Unidade de Cuidados Continuados, possa naquele local vir a ter lugar.

4 – Solicitar a revisão dos horários de funcionamentos dos serviços de radiologia e de electrocardiologia no Centro de Saúde de Ourém.

5 – Verificar as condições das valências prestadas e os horários de funcionamento do Centro de Saúde de Fátima, em razão das especificidades ao fim-de-semana e feriados e dias de grande afluência de peregrinos.

6 – Rever as inibições do transporte de doentes para o hospital de Leiria e as condicionantes causadas pala distribuição das valências entre os hospitais do Médio-Tejo, face à fraca rede de transportes existentes.”

Salvo melhor opinião, é assim que se faz política em prol de Ourém e dos oureenses, com avanços, amplamente, benéficos. Todavia, perante tão má-vontade, bem explícita em intervenções orais e escritas de pessoas directa ou indirectamente ligadas ao executivo municipal, só nos resta, uma vez mais, deixar, para quem quiser responder, uma questão muito simples: O Governo tem investido, claramente, em Ourém, havendo agentes da governação central a esforçarem-se para melhorar diversas situações. Todavia, perante determinadas reacções, resta saber se a Câmara, PSD, não quer ou não gosta?

quinta-feira, maio 01, 2008

Região de Turismo Leiria/Fátima mantém-se!

Fruto de iniciativas, desencadeadas pelo Partido Socialista, em conjugação com outros órgãos institucionais, o Governo acolheu a ideia de consagrar o pólo de desenvolvimento turístico Leiria/Fátima, mantendo a actual Região de Turismo intocável nas suas áreas e especificidades.


Com esta medida, abriu-se uma clara excepção ao mapa que contempla a reestruturação em curso para o território nacional, dando a Leiria/Fátima um tratamento particular.



Concretizada que está a aspiração, já que se tornaria pouco sensato fragmentar uma área, que no seu seio, acolhe relevante património cultural, histórico, artístico, natural e religioso, a Federação Distrital de Leiria e o Secretariado do PS de Ourém congratulam-se com a medida governativa, já promulgada pelo Presidente da República.

Político distrital

O oureense Paulo Fonseca, governador civil de Santarém, foi considerado, pelos leitores do semanário Mirante, o jornal regional de maior tiragem no País, como o político distrital do ano de 2007.

Para este resultado, em muito tem contribuído o desempenho exercido nas suas funções como representante do Poder Central e a proximidade que sempre soube manter com a população.

Governo aposta no concelho

O Governo tem apostado forte no concelho de Ourém. Prova disso, para além do lançamento da última parte do traçado do Itinerário Complementar número nove – IC 9, uma via transversal e essencial na ligação entre o interior e litoral Oeste, vimos, recentemente, inaugurado o Ponto Já, local amplamente vocacionado para servir os interesses da juventude. Em andamento, está também a abertura, em 2010, da Loja do Cidadão. Trata-se de um espaço descentralizado de múltiplos serviços, onde as pessoas poderão tratar dos mais variados assuntos, sem necessidade de deslocações ou de gastos suplementares.

Outro anseio que vai ser cumprido, prende-se com as obras de requalificação, a efectuar no Tribunal Judicial, visando a instalação de um terceiro-juízo. E, porque falamos em justiça, a PSP – Polícia de Segurança Pública vai passar a ocupar instalações mais condignas, deixando o velho e exíguo apartamento, que desde há muito não servia os interesses da população e dos agentes que zelam pela segurança comum.

Está aí o IC 9

Dois dias após José Sócrates ter lançado, em Leiria, a concessão do Litoral Oeste, coube a Paulo Campos, secretário de Estado-adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, explicar, em Ourém, as vantagens e os pormenores dos novos traçados rodoviários.


Objectivando um estreitamento de distâncias, diminuição da sinistralidade, mais comodidade e uma aproximação efectiva do litoral ao interior, descongestionando também o interior das cidades, os novos troços do Plano Rodoviário Nacional, orçados em 260 milhões de euros, vêm beneficiar cerca de 391 mil habitantes de nove concelhos dos distritos de Santarém e Leiria, designadamente, Alcobaça, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Porto de Mós, Ourém, Tomar e Torres Novas.



No que respeita ao IC 9, que nos diz directamente respeito, é um dos grandes empreendimentos, e vai ligar Ourém a Nazaré, numa extensão de 53 quilómetros. A concessão contempla ainda mais 14 quilómetros entre Ourém e Tomar.



De acordo com dados apresentados por técnicos do Instituto de Estradas de Portugal, o novo percurso entre Tomar e Nazaré vai permitir uma redução do tempo médio de deslocação na casa dos 38 porcento, sendo expectável que o número de acidentes, envolvendo mortos e feridos graves venha a diminuir 46 pontos percentuais.

sábado, abril 12, 2008

ATRIBUIÇÃO DE SUBSÍDIOS ÀS COLECTIVIDADES - DECLARAÇÃO DE VOTO

Os Vereadores do Partido Socialista têm desde a primeira hora apresentado propostas no sentido de se definirem em Regulamento próprio os critérios de atribuição de subsídios às colectividades e associações do concelho de forma transparente e de acordo com o trabalho desenvolvido.

A maioria PSD, embora concordando com o princípio, e tendo mesmo anunciado que estava a ultimar esse Regulamento, continua a atrasar a definição de critérios e apresenta-nos uma proposta que mantém, no essencial, os subsídios dos anos anteriores, apenas de acordo com a tradição e mais uma vez com um atraso significativo.

Como temos vindo a dizer não queremos pactuar com este tipo de procedimento, que significa também uma falta de respeito para com o trabalho esforçado de muitos dirigentes associativos.

Fazemos questão, que a ser enviada qualquer tipo de informação às colectividades sobre o montante atribuído para 2007, seja acompanhada desta declaração de voto. Acima de tudo queremos deixar bem vivo o nosso apreço pelo trabalho das Associações que nos mais diferentes sectores têm levado bem longe o nome de Ourém.

Ourém, 21 de Março de 2008

Os Vereadores do PS